13 outubro, 2005

sem título #3

Ininterruptos cortes de laminas
transformadas em brasas de corpos mortais
instintos animais que penetram
e perpetuam as horas em segmentos
de silêncio brando bravos gritos
da madrugada húmida e queimada
certezas de vida e crimes no tempo
serviçais, cardeais, putas e ranhosos
em deleite carnal e anal
qual estrada, qual abismo, qual valeta
farta de conversas de treta
circulares caminhos de caminhares rotineiros
percursos claros olhares descrentes
em lágrimas de verdades volantes...
Adormece agora os sentidos e relaxa
o teu corpo está a ficar dormente
o teu cérebro agora é meu
assim na terra como no céu.

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