Ser ou não ser acordar em corpo infértil, cravado em sentidos que transvazam a agonia de derrotas encaixadas em camadas de pressupostos tardios no tempo.
Querer ou estar é ser em mim um riso em ti e apagar os dias que são mais do que eu num ser que não ama ou numa paixão diluída pelas horas. Servo de portas abertas, comportas serradas, palavras compostas docemente caladas por recortes picotados, explanados em verdades feitas de sorridentes muros erguidos no vazio.
Não sei! Já fui eu que via... agora sou apenas qual reflexo que desconheço numa fuga para trás sem encontrar caminho ou guia.
pintura: Manuel Morgado
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